quarta-feira, 17 de março de 2010

Publicado no Blog da Profa. Edilza em resposta ao texto CENSURA NA SEIR

Profa. Edilza...
Escrevo mais uma vez em seu blog pq como falei anteriormente não gosto dessa maneira de expor figuras do PT, muito menos da DS em seu blog, pois parece que é uma vingança à sua forma de saída do governo e, por conseguinte, da tendência.
Eu trabalho na SEIR, sou agente de integração do Xingu. O que o Paulo falou parece coisa de quem saiu frustado do governo e tenta se vingar contando coisas que não são verdadeiras. Fofoquinhas de bastidores, coisa de quem saiu ressentido e busca por ferrar outrem para poder se sentir bem. A minha avó chamava isso de "gentinha".
Me sinto mais ofendido ainda pela Sra. publicar tal comentário malicioso, que expõe principalmente a figura do André Farias, uma das pessoas que lhe defendia dentro do governo e da tendência, uma pessoa que, como a senhora, frenquenta a casa da governadora, ou seja, goza da confiança de Ana Júlia.
Os problemas financeiros não são da SEIR, são do governo. Isso é público e notório e se eu fosse a governadora nessas horas eu tiraria das secretarias chamadas meio, como é o caso da SEIR, para colocar mais carteiras nas salas de aula e ou comprar mais medicamentos... Isso é normal, cortar na carne, o próprio presidente Lula em momentos de crise faz isso...
Com relação ao Luiz Chaves, por exemplo, ele foi exonerado porque foi trabalhar em uma prefeitura do Lago de Tucuruí, ou seja, ele mesmo preferiu sair pois lá tinha melhores condições financeiras e profissionais, além do que ele vai ficar na "ilharga" da sua família que mora em Tucuruí.
Agora, chamar o Marco Antonio, de fanfarrão, isso já é de extrema deselegância. O Marco tá saindo da SEIR e deve ter seus motivos para isso. E foi uma saída onde ele comunicou todo mundo, o secretário, os outros diretores e inclusive nós agentes do interior. Pois esse é o perfil do Marco, sair sem causar tumulto e/ou barulho. Coisa que muita gente precisa aprender dentro desse partido e desse governo. Ele acha que já deu sua contribuição à Secretaria e ao Governo. O Marco é um cara bastante calmo e comedido, nunca um fanfarrão. E dizer que ele perseguiu o Cidade não é verdade. Com relação ao Ronaldo e o Elizeu, eu tenho certeza que ele cumpriu o que tinha sido ordenado a ele.
E quanto preconceito Paulo, chamar o ótimo profissional como o Paulo Lessa de bajulador e o outro de "puxa saco". Isso nem parece vc cara. É como se a gente ligasse quando corria nos corredores que vc era "viado"... a gente nem levava isso em consideração.. pq mesmo vc optado por ser viado, era um ótimo profissional, e é isso que importa realmente, não teu jeito de ser ou tua opção sexual e/ou religiosa...
Outra coisa, não é só na SEIR que os chamados DAS se sentem inseguros, pq a vida do DAS é assim mesmo. Uma hora vc tá, outra não. É assim em qualquer secretaria e em qualquer governo.
Sinceramente me parece que você não aprendeu nada enquanto esteve na SEIR e conviveu com várias pessoas por ali. Os nossos problemas, as nossas diferenças a gente resolve nos fóruns internos, não precisa publicizar. Mas eu te entendo, afinal não és da estrutura desse partido, como afirmas, muito menos dessa tendência. Tu eu até que desculpo por essa babaquice de querer jogar o nome da SEIR e de tabela do André Farias na lama. O que eu não consigo entender é o que a profa. Edilza ganha publicizando isso em seu blog... será q vale à pena jogar essas coisas polêmicas no ar só pra garantir o recorde de acessos desse mês?.?.?.?
E da próxima vez que a sra. for publicar algo de uma secretaria em seu blog, procure saber antes os 2 lados, pq sempre há 2 lados. Não exponha figuras como o Marco, ele não merece isso de sua parte, muito menos o André Farias.
Sou agente de integração sim, preenchedor de planilha, fotógrafo, fofoqueiro de regionalização. Tem mais coisa Paulo que você esqueceu na sua fanfarra, que a própria Ana Júlia já falou em público, somos os olhos e os ouvidos da governadora. E fazemos tudo isso com a razão dos investimentos que melhoram a vida das pesoas na base, mas ao mesmo tempo com a emoção de ter em nosssa geração o currículo de quem ajudou a eleger a primeira mulher governadora do Pará.
Temos história, ela não começa e nem termina na SEIR, mas sem dúvida a oportunidade que nos deu, em primeiro lugar a governadora e em segundo o secretário André Farias, de nos tonarmos pessoas melhores e ajudarmos a mudar esse imenso Pará. Estando dentro ou fora do governo.
Essa vai ser a lição que eu vou levar daqui. É isso que nos diferencia de você Paulo, pois eu duvido que algum agente saia da SEIR com essa mágoa rancorosa que vc publicizou aqui. E mesmo que saia, nossas desavenças serão enfrentadas e debatidas em outros momentos.
No mais Vamos à luta, eleger Dilma Presidente, reeleger Ana Júlia Governadora e Paulo Rocha Senador, isso é o que realmente importa.

terça-feira, 16 de março de 2010

Postado no blog do greenpeace

Eu entrei no debate sobre Belo Monte devido algumas informações que acredito q não são verdadeiras nesse processo.
Não quero aqui fazer a defesa dos governos, se eles estão certos ou errados, ou se há incompetentes por lá. Isso porque acredito que gente incompetente tem em todo lugar e de boas intenções o inferno está cheio.
Eu defendo Belo Monte por acreditar na democracia desses governos, pois hoje podemos dizer sem dúvida que além de um grupo de técnicos envolvidos no processo, a população está sendo ouvida. Isso é sem dúvida inédito na forma de conduzir grandes obras na Amazônia.
Como morador de Altamira há 8 anos, acredito sim que esta obra trará grandes impactos ao meio ambiente, mas acredito ainda que esses impactos serão bem menores que queimar um milhão de barris de petróleo como Manaus faz atualmente no "coração da Amazônia".
Quanto aos índios, a abertura da Transamazônica fez muito mal a eles, pois foi feita de forma arbitrária e com vários conflitos que foram encobertos na época. Mas hoje os que serão diretamente afetados por Belo Monte, segundo o estudo são 226 índios Paquiçambas, Araras, e Jurunas, como seu Manoel, cacique Paquiçamba, que hoje vive da pesca do Tucunaré e que sem dúvida vai precisar de muito apoio para manter sua atividade. Há ainda os indigenas que vivem na cidade fora das aldeias, esses já convivem com uma condição de vida muito aquém do que deveriam.
Relatei aqui a condição indígena pq acredito que um órgão como a FUNAI, que aliás tá no processo de Belo Monte, não como um mero coadjuvente, mas como protagonista na interlocução com os indígenas e sempra na defesa de seus direitos. A FUNAI não deixará jamais que essa obra interfira na vida secular dos índios sem garantir o cumprimento dos seus direitos emquanto cidadãos brasileiros afetados por um grande empreendimento na Amazônia.
Além da FUNAI, existem os órgãos de defesa dos direitos indígenas, pois como já relatei, essa obra, que é sim muito importante para o Brasil, ela conversa com todo mundo, num diálogo nunca antes visto em nossa história.
É esse movimento de debate às vezes muito acalorados que incomoda muita gente... a democracia é feita de embates, de movimento, não de aceitar as imposições, da inércia..
Ao debate

O bom debate sobre Belo Monte -postado no blog da Ana Júlia

segunda-feira, 15 de março de 2010

O bom debate sobre Belo Monte

Dia de reuniões pra preparar as atividades da semana, reunir o grupo de gestão do nosso governo. Dia em que recebo em audiência o procurador de Justiça, Geraldo Rocha e também Aurélio do Carmo.

No blog, Belo Monte toma conta do debate aqui e aqui. E na caixinha de comentários, Chico Feitosa Jr. diz conversando com leitores do artigo Por que Belo Monte?
---------------------------------
Eu moro em Altamira há 8 anos.

Nesse meio tempo, tive a oportunidade de estar nos 2 lados do processo Belo Monte e posso afirmar com muita tranquilidade hj que nós temos uma oportunidade única de fazer de um grande projeto uma mudança significativa na qualidade de vida das pessoas dessa região.

Não vou me ater na questão científica disso, até pq ela não tem nada a ver com Belo Monte pois temos estudos desde o final da década de 70.

Mas quero deixar aqui uma questão ao Paulo Miranda: quer dizer q a energia hidráulica de Belo Monte vai agredir mais o meio ambiente do que os um milhão de barril de petróleo que Manaus queima para se manter?

Eu não acredito nisso.

Mas voltando ao debate que compete é que eu defendo Belo Monte, desde que nós possamos participar do processo de implementação do empreendimento. É essa democracia no processo que o Governo Lula e Ana Júlia estão colocando no processo que incomoda muita gente.

E é justamente por isso que há tanta manifestação contrária, pq agora PODE isso é respeitado no processo, inclusive muitas mudanças que o projeto Belo Monte sofreu foi justamente por causa da pressão da sociedade civil organizada.

Termino aqui por hj, mas temos muitos subsídios para o debate.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Para o mano Caetano

Tem coisas que a gente não espera ver nunca na vida, Caetano.

Não me refiro à sua agressão gratuita ao presidente Lula, porque já cheguei à conclusão de que quando você não tem o que dizer, diz alguma coisa assim mesmo, uma besteira qualquer, para ver se as pessoas não esquecem de você.

Mas eu não esperava que a própria dona Canô viesse lhe dar um esporro público. E não esperava ver a elegância com que o homem que você chamou de grosseiro e cafona reagiu diante disso, e com um gesto simples, um telefonema de nada, colocou as coisas em seu devido lugar e mostrou quem é grosseiro e quem é realmente elegante.

Eu não consigo lembrar de alguma ocasião na política brasileira em que um presidente tão atacado do ponto de vista pessoal — não por você, que cá entre nós suas opiniões políticas não são lá muito dignas de crédito ou atenção, mas por uma imprensa especializada em mentira e em se aproveitar de declarações infelizes de bobos alegres — tenha sido capaz de um gesto de tanta classe, e ao mesmo tempo tão simples.

É isso que você chama de cafonice, Caetano? Um homem que, mesmo agredido, consola a mãe do agressor? É isso que você chama de cafonice e grosseria?

O mais engraçado em tudo isso é que para você o Lula é analfabeto, mas o casca-grossa, o grosseiro e ignorante em toda essa história foi você. Agrediu um homem desnecessariamente, e em vez de conseguir a polêmica que queria apenas deu a ele a oportunidade de ser magnânimo e generoso. Você disse que o Lula não sabe falar; mas me parece que enquanto da boca do presidente saíram palavras de conforto e acima de tudo elegantes, da sua — um intelectual reconhecido por muita gente, um senhor artista e cantor autor de livros publicados e filmes exibidos — saíram apenas bobagens repetidas, ditas com ódio injustificado: grosseiro, cafona, não sabe falar.

Onde você é grosseria e agressividade, o Lula foi elegância e delicadeza; e considerando que você perdeu uma grande oportunidade de ficar calado, ou de apenas declinar sua intenção de voto em Marina Silva, eu chego à conclusão de que você não é proveito, é pura fama. Sinto lhe informar algo que você já deve saber: nessa, Lula comeu o seu coração. Trincou, mordeu, mastigou, engoliu, mascou, moeu, triurou, deglutiu, comeu seu coraçãozinho de galinha num xinxim.

Eu não estou dizendo que seja muito fácil para você estar na posição em que está. Um de seus amigos, Gilberto Gil, foi ministro do presidente que você chama de analfabeto, e realizou um grande trabalho à frente da cultura brasileira. Sua mãe, uma tradição baiana de 102 anos, diz que gosta do presidente Lula e se sentiu incomodada com as suas palavras; e como coração de mãe é infinito tentou desculpar você chegando à essência da verdade: “Caetano é só um cantor”. Você ganha muito dinheiro apelando para leis de incentivo fiscal, as mesmas que enriqueceram a produtora de cinema de sua mulher. Poucos, como você, conseguiram aproveitar tão bem a onda de crescimento do país e o impulso que o governo Lula deu à cultura nacional. Por isso sou o primeiro a admitir que, sim, para você deve ser difícil adotar uma posição extremamente preconceituosa e elitista enquanto a realidade que lhe cerca lhe desmente a cada dia.

Você, eu sei, é fã de Fernando Henrique Cardoso. Quando o excelentíssimo senhor acadêmico era presidente, ele respondia às críticas de Chico Buarque ao modelo de país que implantava dizendo preferir você; e talvez seja esse incômodo diante da democracia e da convivência com um ponto de vista diferente que acabam aproximando vocês dois. Como duas comadres de maus bofes e mal amadas, vocês parecem fofocar entre si, conversinhas miúdas que não levam a nada

Fernando Henrique é aquele político brasileiro que faz filhos nas empregadas de casa e não os assume. O homem que o senhor venera e considera modelo para o país é o sujeito que esperava dona Ruth dormir para se esgueirar até o quarto da empregada, velho sátiro babão que se aproveitava de sua condição social; já o cafona grosseiro é aquele que ligou para sua mãe e disse umas duas palavrinhas de conforto, sabendo que ela ficou incomodada com as suas declarações bobas — bobas até para o padrão baixo que você tem seguido nos últimos anos; esse papo seu tá qualquer coisa, você já tá pra lá de Marrakesh.

Falei em dona Ruth e me lembrei que ela era uma muher admirável; talvez seja coincidência, mas as últimas notícias que vêm do excelentíssimo senhor sociólogo me dão a impressão de que com a morte de dona Ruth aquele senhor idoso perdeu o seu referencial moral; e não me refiro apenas às notícias de escapadelas senhoriais (que apenas me sugerem que ele sempre foi assim, escondido debaixo da capa da hipocrisia), mas ao teor de suas declarações, à sua disposição de se expor ao ridículo.

Caetano, acho que o seu problema é muito simples: você não consegue entender o novo. De certa maneira é triste ver que um sujeito a quem a cultura brasileira deve tanto, a quem a música pode olhar e dizer “eu sou filha ou neta dele”, tenha escolhido passar sua velhice dando sinais prematuros de caduquice. O tempo passou na janela e só Caetano não viu. Alguma coisa está fora da ordem, Caetano. E essa coisa é você.

Lula mantém popularidade em alta, diz pesquisa

Lula mantém popularidade em alta, diz pesquisa

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém um alto índice de popularidade, segundo levantamento do instituto Datafolha divulgada pela Folha de S.Paulo neste domingo. Lula alcança 73% de popularidade, diante de 72% registrados na pesquisa anterior, feita em dezembro. A pesquisa mostra que 20% consideram o governo do presidente regular e 5% péssimo ou ruim.

A aprovação a Lula é a maior já obtida por um presidente desde que o Datafolha começou a fazer pesquisas nacionais de avaliação do governo federal, em 1990.

O presidente mantém boa popularidade mesmo entre os que declararam que irão votar no governador de São Paulo, José Serra (PSDB), para presidente (62% de ótimo ou bom). Entre os que declaram intenção de votar na ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), como sua sucessora, a aprovação alcança 92%.

O mesmo levantamento revelou que Dilma subiu e encostou em Serra nas intenções de voto para presidente. A diferença entre os dois diminuiu 10 pontos entre dezembro e janeiro, mas ainda é cedo para afirmar que há empate técnico entre a petista e o tucano, segundo o Datafolha.

A pesquisa foi realizada entre os dias 24 e 25 de fevereiro. Foram ouvidas 2.623 pessoas maiores de 16 anos. A margem de erro é dois pontos, para cima ou para baixo.


Diario do ABC