terça-feira, 16 de março de 2010

Postado no blog do greenpeace

Eu entrei no debate sobre Belo Monte devido algumas informações que acredito q não são verdadeiras nesse processo.
Não quero aqui fazer a defesa dos governos, se eles estão certos ou errados, ou se há incompetentes por lá. Isso porque acredito que gente incompetente tem em todo lugar e de boas intenções o inferno está cheio.
Eu defendo Belo Monte por acreditar na democracia desses governos, pois hoje podemos dizer sem dúvida que além de um grupo de técnicos envolvidos no processo, a população está sendo ouvida. Isso é sem dúvida inédito na forma de conduzir grandes obras na Amazônia.
Como morador de Altamira há 8 anos, acredito sim que esta obra trará grandes impactos ao meio ambiente, mas acredito ainda que esses impactos serão bem menores que queimar um milhão de barris de petróleo como Manaus faz atualmente no "coração da Amazônia".
Quanto aos índios, a abertura da Transamazônica fez muito mal a eles, pois foi feita de forma arbitrária e com vários conflitos que foram encobertos na época. Mas hoje os que serão diretamente afetados por Belo Monte, segundo o estudo são 226 índios Paquiçambas, Araras, e Jurunas, como seu Manoel, cacique Paquiçamba, que hoje vive da pesca do Tucunaré e que sem dúvida vai precisar de muito apoio para manter sua atividade. Há ainda os indigenas que vivem na cidade fora das aldeias, esses já convivem com uma condição de vida muito aquém do que deveriam.
Relatei aqui a condição indígena pq acredito que um órgão como a FUNAI, que aliás tá no processo de Belo Monte, não como um mero coadjuvente, mas como protagonista na interlocução com os indígenas e sempra na defesa de seus direitos. A FUNAI não deixará jamais que essa obra interfira na vida secular dos índios sem garantir o cumprimento dos seus direitos emquanto cidadãos brasileiros afetados por um grande empreendimento na Amazônia.
Além da FUNAI, existem os órgãos de defesa dos direitos indígenas, pois como já relatei, essa obra, que é sim muito importante para o Brasil, ela conversa com todo mundo, num diálogo nunca antes visto em nossa história.
É esse movimento de debate às vezes muito acalorados que incomoda muita gente... a democracia é feita de embates, de movimento, não de aceitar as imposições, da inércia..
Ao debate

Um comentário:

Unknown disse...

Oi Chico, respondi seu comentário no blog da Ana Julia.

Um grande abraço,